Mais um jogo da Desportiva Fornense, rumo ao título...
Vale a pena salientar, que a ADFA ainda não perdeu em casa esta época, vamos tentar manter esta estatística até ao fim... Força ADFA
SECÇÃO: Desporto
Em causa a equipa de arbitragem em Fornos de Algodres
Jogo foi polémico
Sporting da Meda pretende protestar jogo
O jogo entre o Fornos de Algodres e o Sporting da Meda, relativo à 17 ª jornada do Campeonato Distrital da 1ª Divisão, pode vir a ser contestado pela equipa medense. Contactado pelo TB, João Alonso, elemento da direcção, sublinha que o clube vai reunir, no decorrer desta semana, no sentido de decidir se vai ou não impugnar a partida. Os medenses tecem duras críticas à equipa de arbitragem, em especial ao árbitro auxiliar José S. Pedro, que, por seu lado, diz estar de «consciência tranquila».
A direcção do Sporting Clube da Meda pretende protestar o jogo frente à Associação Desportiva de Fornos de Algodres, relativo à 17ª jornada do Campeonato Distrital da 1ª Divisão.
Como o TB fez referência na passada semana, o encontro ficou marcado por sete expulsões, 17 cartões e casos polémicos. No final da contenda os locais acabaram por vencer, por 3-2, com um golo de Fábio Nascimento obtido já em tempo de compensação.
João Alonso, director do Sporting Clube da Meda, alega que o clube tenciona protestar a partida, uma vez que «houve lances ilegais e o árbitro auxiliar, José S. Pedro, tudo fez para prejudicar o Sporting Clube da Meda». Aquele dirigente acrescenta ainda que «houve foras de jogo mal assinalados quando os jogadores seguiam isolados para a baliza e, nomeadamente, o terceiro golo do Fornos é obtido na sequência de um lance de fora de jogo».
Quanto ás seis expulsões, João Alonso não entende «como é que o árbitro auxiliar, que está do lado oposto ao banco, dá indicação ao árbitro para expulsar o treinador e o guarda-redes suplente.
No entanto, as críticas mais fortes do Sporting Clube da Meda são dirigidas ao árbitro auxiliar José S. Pedro.
O dirigente da equipa medense acusa o árbitro auxiliar de o tentar intimidar. «Eu estava ao pé da vedação e ele [José S. Pedro] disse que me dava um ano de castigo. Estava ao meu lado um reformado da GNR (Guarda Nacional Republicana), que já se ofereceu para ser testemunha, caso o clube avance com um processo», diz.
Mas as acusações de João Alonso vão ainda mais longe. O dirigente afirma que, «antes do jogo, o José S. Pedro disse que, como este ano, o Daniel Soares já não era presidente do Conselho de Arbitragem, o Sporting da Meda já não tinha padrinhos». Por isso, acrescenta «a arbitragem foi premeditada e o Sporting da Meda contesta apenas o trabalho do árbitro auxiliar, José S. Pedro.
João Alonso entende que com a derrota em Fornos de Algodres, as aspirações da equipa medense podem ter ficado comprometidas. «Com a vitória em Fornos, a Meda ficava a 2 pontos, assim ficou mais complicado», sublinha. Aquele director acrescenta também que «em Gouveia o Sporting Clube da Meda também tem razões de queixa da equipa de arbitragem, a equipa tem um bom plantel mas parece que não é o bastante».
Contactado pelo TB, o árbitro auxiliar, José S. Pedro, referiu apenas que «todos os elementos da equipa de arbitragem que dirigiram o jogo estão de consciência tranquila», mostrando-se ainda disposto para «falar sobre o jogo em sede própria».
Entretanto, o Conselho de Disciplina da Associação de Futebol da Guarda reuniu, na passada semana, e decidiu castigar os jogadores Roberto Salazar e Fernando com um jogo de suspensão, Germano, dois jogos e, Artur Jorge foi punido com três jogos. O delegado ao jogo, José Ambrósio Moreira e o treinador Filipe Martins, foram castigados com dez dias de suspensão e uma multa de 25 euros. Relativamente ao jogador da Associação Desportiva de Fornos de Algodres, André, foi punido com dois jogos.
O jogo entre o Fornos de Algodres e o Sporting da Meda, a contar para a 17ª jornada do Campeonato Distrital da 1ª Divisão, fica marcado por sete expulsões, casos polémicos e muitas críticas, por parte dos forasteiros à equipa de arbitragem liderada por Silvério Sousa. Ao todo foram sete expulsões e 17 cartões.
A primeira expulsão ocorreu na primeira parte. O delegado da equipa da Meda, José Ambrósio foi expulso do banco, alegadamente por discordar de uma decisão do juiz da partida. Já na segunda parte, os jogadores Roberto, Fernando e Artur Jorge, do Sporting da Meda, e André, do Fornos de Algodres, também receberam ordem de expulsão. Alegadamente por festejarem mais efusivamente o segundo golo, Filipe Martins e Germano foram expulsos do banco, aos 83 minutos.
No rescaldo da partida, Filipe Martins referiu que «como é que é possível que a Associação, que diz que nomeia para os melhores jogos os melhores árbitros, nomearem para aqui aquele senhor que andou ali dentro». Sobre a expulsão, o técnico referiu que se limitou a festejar o golo. «Se festejar um golo dá direito a expulsão então o nosso futebol vai muito mal», lamentou.
José Bosingwa é como o vento. Acelera e abranda o jogo do F. C. Porto, avança e recua no flanco direito. É o perfil do lateral moderno, ídolo feito no Dragão, o sonho mais recente do Manchester United. Traços do jogador nascido a 24 de Agosto de 1982, em Mbandaka, no Zaire, actual República Democrata do Congo. Um menino que tinha jeito para ser basquetebolista.
Um menino que conhece o calor de África, onde a família construiu a base próspera do sustento. O pai é português, a mãe congolesa, um cruzamento de sangue que molda uma personalidade divertida. Chegou a Portugal há pouco mais de dez anos para escapar à onda de pilhagens que ameaçava o bem-estar social. Refugiou-se no frio de Seia, a terra da família paterna. António Silva, o irmão, jogava no Oliveira do Hospital, e era a porta da segurança aberta.
"Como tu temos muitos"
Mas o futebol foi um mero acaso da vida. "No desporto escolar, distinguia-se a jogar basquetebol e nas corridas de velocidade, já era muito rápido", recorda Vítor Pinto, o homem que detectou o talento futebolístico de Bosingwa, o que os outros desperdiçaram - um dia, foi treinar à experiência ao Oliveira do Hospital e foi dispensado. "Disseram-lhe 'como tu, temos aqui muitos", conta o primo Armando, jogador do Gouveia. Por isso, passou a jogar futebol, na rua, com os amigos.
Avançado perdulário
Um dia, Vítor Pinto, do Fornos de Algodres, precisava de jogadores para a equipa de iniciados e deixou-se seduzir pela habilidade do pequeno Bosingwa. "Antes de um jogo, raparei num grupo de jovens que brincava no pavilhão e o Zé distinguia-se com a bola". Começou por ser avançado, mas "falhava muitos golos", como recorda Nélson Almeida, um dos primeiros treinadores. "Era capaz de fintar o guarda-redes, mas depois não sabia o que fazer à bola".
Por isso,fixou-se no meio campo, onde "ninguém passava por ele", mas jogava com a mítica camisola dez. "Era um miúdo tímido, os colegas pregavam-lhe partidas. Escondiam-lhe a roupa e ele chorava". O talento moldou-se, a fama chegou ao Benfica, ao Sporting e ao Boavista. Mas os axadrezados levaram a melhor, por 500 euros e alguns pares de botas - hoje, o F. C. Porto não o vende por menos de 30 milhões de euros…
Muito observador
Integrou os juvenis com a época em curso, mas não podia jogar porque não estava inscrito. "Depois, começou a temporada como titular, a médio centro, porque tinha uma inteligência táctica invulgar para um miúdo de 14 anos. Era sempre o primeiro a chegar aos treinos e muito observador", recorda Joaquim Libório, o primeiro técnico de Bosingwa no Bessa.
Jogou quatro anos nos escalões de formação, as portas das selecções abriram-se e a chegada a sénior era uma realidade. Brilhou no Torneio de Toulon, em 2000, e foi emprestado ao Freamunde, da Liga de Honra. Esteve lá uma época, depois regressou ao Boavista campeão nacional e Jaime Pacheco adaptou-o a lateral direito. "Pela velocidade, tinha condições para ser um bom lateral, mas fui muito criticado, porque diziam que podia acabar com a carreira dele. Hoje, é um dos melhores laterais do Mundo!", recorda o treinador do Boavista, que tinha uma estratégia montada "Queria protegê-lo. Primeiro, coloquei-o a extremo para se adaptar à ala, se ele errasse nunca colocaria a equipa em causa e teria mais tranquilidade. Depois recuou no terreno".
A partir daí, ganhou o lugar na defesa, mas a afirmação efectiva foi duvidosa, "por questões emocionais e psicológicas", como sublinha Pacheco. "Por isso, disse que tanto podia jogar no Real Madrid como nos distritais". Porém, o destino não foi cruel. Em 2003/04, foi para o F. C. Porto por 1,5 milhões de euros, onde se sagrou campeão europeu - era suplente. Mourinho via-o como trinco e só voltou a ser lateral com Adriaanse - a partir daí, ganhou a titularidade. E hoje é um dos rostos da selecção portuguesa.
in Jornal de Noticias